Delinquentes já tem uma história considerável de 27 anos de
existência. Num cenário em que tantas bandas surgem e terminam em poucos meses,
a estrada trilhada pela banda é recheada de sucessos e verdadeiros marcos para
a música. Formada por Jayme "Katarro" Neto (vocal), Pedrinho (guitarra), Pablo Cavalcante (baixo e backing vocal) e Raphael Lima (baterial e backing vocal). Jayme responde pela banda nessa entrevista feita por Cintia Macêdo, do RRG.
RRG: Com uma quantidade enorme de bandas que surgem e terminam em
poucos meses, como vocês se sentem por estarem atravessando gerações trazendo
músicas de qualidade para o público?
D: Na medida do possível, orgulhosos, porque mesmo com todas
as mudanças sofridas no som devido o longo tempo, nós fazemos o que gostamos e
sentimos que continuamos agradando várias pessoas e de várias gerações. Só digo
infelizmente na medida do possível porque seria muito bom se uma banda com toda
essa estrada como a nossa banda (e várias outras veteranas) pudessem viver de
música e tivessem seu som mais valorizado ainda do que é. Mas enquanto isso é
uma mera utopia, vivemos felizes tendo a banda como um grande hobbie.
RRG: Já existiram casos de pessoas que trouxeram os filhos pro
show e disseram que o gosto pela banda é hereditário?
D: Sim, inúmeras vezes. Desde sempre vemos isso. Mas o caso
mais recente em que isso aconteceu em grande escala foi na gravação do nosso
DVD, porque haviam muitas crianças presentes, levadas pelos seus pais. Em alguns
casos, cheguei a ver avôs levando seus netos para curtirem o mesmo som que eles
curtiam na década de 80.
RRG: Vocês fizeram um show memorável na Praça da República para a
gravação do 1º DVD da banda. Como foi a experiência de reviver uma fase dourada
da cena rock de Belém? Como está a ansiedade para o lançamento do dvd?
D: Ver a praça tomada de rockeiros sempre é emocionante, e
fazia tempos que não sentíamos aquele clima que se instaurou na praça. Segundo
a estimativa da polícia, foram de 3 a 4 mil pessoas que estavam celebrando um
momento único na história da banda, sem qualquer índice de violência. Foi tudo
muito bem estudado e organizado para que desse tudo certo, e quando subimos no
palco, foi só emoção e adrenalina.
RRG: A banda teve problemas com a energia elétrica no Rock Rio
Guamá do ano passado e também teve problemas com a energia na gravação do
DVD... A energia de vocês é tão grande que dá pico na rede... Como vocês fazem
pra manter essa energia toda?
D: HAHA!! Menos. Se eu contar que num passado distante, na
época do Rock 6 horas, também sofremos com um bleckout na cidade a galera iria
achar que era marcação da Celpa conosco. Mas isso acontece mesmo. A quantidade
de shows que já fizemos, se formos contar, esses “incidentes” (que pode
acontecer com qualquer banda mesmo), foram mesmo de 1% na conta geral. Então
está de boa. Na gravação do DVD não chegou bem à ser um grande incidente. Foram
alguns segundos e foi logo resolvido. Mas no Rock Rio Guamá do ano passado
realmente foi tenso. Nosso guitarrista (Pedrinho) estava louco para estrear seu
set de pedais novos e bem na hora que estávamos no palco, aconteceu o
imprevisto. Mas foi bacana terem nos chamado de novo este ano para darmos essa
forra pra galera (público), e porque não dizer, para nós mesmos? Queremos levar
um set destruidor em homenagem à CELPA!!!
Sintam só um gostinho do que teremos no Rock Rio Guamá! Com vocês, "Vagamundo" da banda Delinquentes:
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